Amazing Places in the World - Salerno Maritime Terminal
O primeiro projecto da falecida arquitecta Zaha Hadid a ser inaugurado após a sua morte.
A 31 de março deste ano, o mundo perdia uma das mais relevantes mentes
artísticas da actualidade. Zaha Hadid, a mais famosa arquitecta do mundo e
primeira mulher a ganhar um Pritzker, nascida em Bagdad, no Iraque, responsável
por mais de 50 estruturas de linhas ousadas, um pouco por todo o mundo.
Portugal, infelizmente, não possui nenhuma estrutura de sua autoria,
ainda que Hadid tenha, em 2010, apresentado uma proposta para o Terminal de
Cruzeiros de Lisboa, na frente ribeirinha do bairro de Alfama.
Recentemente, foi
inaugurado o primeiro projecto da starchitect,
completado após o seu repentino falecimento. Trata-se do Terminal Marítimo de
Salerno, comuna do Sul de Itália, obra assimétrica, de grande elegância, com
linhas curvas e desenho orgânico, inspirado numa ostra.
O novo edifico domina o
porto desta cidade costeira, emprestando-lhe o seu design contemporâneo, com largas palas que protegem os passageiros
das quentes temperaturas desta zona geográfica. Como outras obras desta artista
apelidada de ‘Visionária’, ‘Rainha da Arquitectura’ ou de ‘A Faraó’, pela
dimensão das suas construções, o Terminal de Salerno exibe linhas puras,
despojadas, com um interior onde as curvas e o minimalismo se juntam, para
criar um espaço sereno e convidativo, ao mesmo tempo apelativo e funcional.
Enquanto projecto
estratégico de Salerno, espera-se que esta estrutura permita aumentar o número
de passageiros de navios cruzeiro e de ferries, em 500 mil por ano, favorecendo
a criação de 2 mil novos postos de trabalho na cidade, em áreas como a
hotelaria e os serviços.
Como destacou o primeiro-ministro italiano Matteo
Renzi, este novo edifício, munido de lounge
e de restaurante é tanto uma importante aposta na estratégia de dinamização da
cidade para um melhor acolher dos visitantes internacionais, como também “uma
maneira de relembrar a grande arquitecta que Zaha Hadid foi”.
Morta está a artista, mas
viva através da sua obra.
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