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Sunday 21 May 2023

Vista Alegre Manufacturing Process

Antes de chegarem às lojas de todo o mundo, as peças da Vista Alegre percorrem um longo caminho.

Tudo começa com uma pasta líquida que é colocada em moldes de gesso.

Fora dos moldes, os acabamentos são feitos individualmente.

No caso das esculturas, é preciso colocar calços para garantir que nada se parte no forno.
A porcelana é uma história contada e cada capítulo é muito importante.

Há trabalhos complicados. A escultura da Nossa Senhora de Aparição de Fátima,
por exemplo, tem 18 moldes diferentes, incluindo um só para o polegar.

É quase como se fosse a montagem de um puzzle, diz Manuel Jorge,
que faz duas por dia, sem as contas do rosário.

Essas estão a cargo de Anabela, que é também a mestre das rosas da VA - está há 30 anos na
fábrica e faz flores desde essa altura. Só para uma escultura pode chegar a fazer 130.

As peças podem ir uma ou duas vezes ao forno, consoante o seu objetivo.
No primeiro forno ficam 22 horas...

...no segundo ficam sete.

Entre as duas cozeduras pode acontecer a vidragem, um banho em vidro
líquido incolor que é o que dá brilho e mais resistência à porcelana.

Num ambiente oposto, em silêncio absoluto, trabalham os artistas da secção de pintura.

Chegam-se a usar 20 tintas só para uma peça...

...e alguns desenhos demoram uma semana a ficarem prontos.

Claro que nem tudo é pintado à mão. Na zona de estamparia são aplicados motivos através de decalques. Se for preciso usam-se pinças para garantir que fica tudo direito.

O amarelo que se vê nas imagens é uma espécie de verniz-laca que permite transportar
o decalque do papel para a peça. Desaparece durante a cozedura.

O rebordo tem direito a uma secção própria- a da filagem.
Há filetes em prata, platina ou ouro nas peças mais especiais.


Tuesday 24 May 2016

Hotel Montebelo Vista Alegre - AD México




Na sua selecção de hotéis-destino, a Architectural Digest mexicana figura o Hotel Montebelo Vista Alegre, em Ílhavo, como sítio dotado de 'prestigio de renombre'.




Marcando a região de Aveiro por ser o primeiro hotel cinco estrelas a abrir portas, o Montebelo Vista Alegre é já reconhecido no espaço além Atlântico. Recentemente, a revista Architectural Digest mexicana dedicou, no seu site, um artigo a este novo espaço hoteleiro, onde o elege como o sítio de eleição para pernoitar.






Destacando o reinterpretar da herança, unindo as linhas modernas do edifício e do mobiliário, às peças da famosa marca de porcelanas, que decoram e dinamizam os vários espaços, dá-se protagonismo ao processo de produção artesanal desta casa com quase dois séculos. A conceituada revista menciona ainda o spa e o restaurante, postos ao serviço dos hóspedes, onde poderão contactar com a gastronomia típica do local.








Contando com uma importante relação com a envolvente natural, através da abertura do hotel à Ria de Aveiro, que a publicação mexicana elogia, a unidade hoteleira é também aconselhada pela sua proximidade tanto às praias como ao centro de Aveiro, permitindo aos hóspedes disfrutar da tradição do sítio e da natureza envolvente, sem estar longe de outros pontos de interesse a visitar.





























Mais fotos em:
http://www.admexico.mx/estilo-de-vida/destinos-hoteles/galerias/hotel-montebelo-vista-alegre/1207/image/23535

Sunday 15 May 2016



Vista Alegre – Tradição e Modernidade





Com um percurso de 191 anos, a Fábrica de Porcelanas Vista Alegre, fundada em 1824 por alvará de D. João VI, é produto da iniciativa visionária de José Ferreira Pinto Basto (1774-1839), fidalgo da Casa Real portuguesa, comerciante e empreendedor de acentuada importância no Portugal novecentista.


Desde o início associada a destacadas personalidades e eventos, a Vista Alegre, em 1852, produzia a primeira baixela especialmente destinada ao Rei-Consorte D. Fernando II. Em 1889, estava já presente na exposição Universal de Paris, registando-se uma vontade de internacionalização por parte da marca. Avançando no tempo, numa trajectória assinalada por altos e baixos, aposta na inovação e na formação da mão-de-obra, a Vista Alegre chega ao século XX como uma marca de destaque internacional, no campo da manufactura de excelência.





Nos últimos anos tem-se verificado uma intensa e bem conseguida aposta na modernização das linhas das peças produzidas, associando a chancela VA aos mais conceituados artistas plásticos nacionais e mundiais, de Joana Vasconcelos, Eduardo Nery ou Nadir Afonso, a Karim Rashid, Sam Baron e, mais recentemente, Marcel Wanders, cuja colecção foi apresentada em primeira mão na prestigiada feira Maison & Objet, de Paris, devendo chegar ainda este ano às lojas portuguesas.

Nesta parceria com o designer holandês, surgiu uma elegante e intemporal colecção a azul e branco, inspirando-se nos azulejos de Delft e na porcelana chinesa Ming, dominando, pois, o azul cobalto na decoração das peças.




Fazem-se assim surgir peças onde a originalidade se funde com a tradição quase bicentenária da produção de porcelana, peças essas onde está também patente o apoio e a homenagem aos talentos portugueses.

Neste campo das colaborações artísticas, destacam-se as baixelas criadas em parceria com casas de moda do mais alto calibre, iniciativa inaugurada com a francesa Christian Lacroix, da qual resultam já 4 colecções distintas, assim como com a americana Oscar de la Renta.




Não esquecendo as suas linhas mais tradicionais, como a reprodução das estéticas Companhia das Índias ou a famosa Cozinha Velha, a Vista Alegre tem sabido manejar com mestria savoir-faire e tradição com modernidade e actualização de linhas e temas, dando resposta às várias vertentes consumistas, sem perder qualidade ou identidade.

De Ílhavo para o Mundo, o que de melhor se faz em Portugal.


*Texto originalmente publicado no Diário de Aveiro de 30 de Abril de 2016

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